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domingo, 18 de março de 2012

Encontro familiar e uma boa lembrança

Tá fogo! Só agora consegui um tempinho pra poder escrever rapidinho sobre o final de semana passado.

Domingo passado minha familia por parte de mãe organizaram uma missa para obaatian, minha avó, de 13 anos de falecimento. Foi no templo Busshinji, que fica na Liberdade. Antigamente era um pequeno templo, apertadinho e que depois de uma grande reforma, ficou bem imponente. Dentre todos essas anos, diversos monjes passaram, mas gostava bastante da monja Coen, que chegou a realizar algumas missas para meus familiares. Ela explicava bastante sobre o conceito budista, era muito bom.

Abaixo segue uma breve explicação sobre as missas budistas, que tirei daqui:
:: Missas Memoriais
O culto aos antepassados é uma parte importante do budismo. Assim se realizam missas periódicas em memória do falecido.
7º dia (shõnanoka) – Considera-se que a evolução do falecido conteça de 7 em 7 dias, ou seja, ela deixa o mundo em que vivemos e segue em direção a um estágio superior. No 7º dia celebra-se o cumprimento da primeira etapa de uma longa jornada.
49º dia (shijuku-nichi) – Após 7 semanas do falecimento, a pessoa já cumpriu todas as etapas e está pronta para o renascimento.
100º dia (hyakkan-nichi) – Nem todas as famílias realizam essa missa. Celebra o fim do período de concentração e treinamento.
1 ano (isshu-ki) – tradição incorporado pelo budismo na China, significa o fim de um período de luto pelo falecimento.
As demais missas representam uma homenagem periódica ao falecido, celebrando sua evolução constante, firme “como a junta de um bambu”. Notar que, excetuando os últimos números 25, 27, 33 e 50, todos os outros são primos, ou seja, só divisíveis por si e por 1:
3º ano (sankai-ki)
7º ano (shichikai-ki)
13º ano (jusankai-ki)
17º ano (jushitikai-ki)
23º ano (nijusanaki-ki)
25º ano (nijugokai-ki)*
*cerimônia não obrigatória, simboliza uma homenagem pelo transcurso de metade de sua caminhada.
27º ano (nijushitikai-ki)
33º ano (sanjusankai-ki)
50º ano (gojukai-ki) – Na tradição japonesa, a celebração de 50 anos de falecimento era feita pelos vilarejos como um festival, por considerar que o falecido se transformará após o festival num Deus protetor daquela localidade. Essa tradição foi incorporada ao budismo, por considerar a chegada da pessoa à Nirvana, ou seja, a sua transformação em Buda.

Sempre na véspera

Pela tradição, as cerimônias são realizadas sempre na véspera da data, ou seja, a missa do 7º dia será realizada no 6º dia, a missa de 49º dia será realizada no 6º dia, a missa do 49º dia será no dia 48º dia, a de 1 ano será alguns dias antes de completar um ano, a de 3 anos será no 2º ano, etc.
Isto porque costumam contar os dias ou ano do falecimento como 1, desprezando-se o zero. Pelo mesmo motivo, os japoneses costumam contar a idade a partir do nascimento começando do 1.
Homenagem
O budismo considera que as missas são uma homenagem ao falecido, e que nessas ocasiões deve-se reunir os familiares e amigos, que muitas vezes não se encontrariam de outra forma. Reunir pessoas que tinham laços com o falecido significa a continuidade do elo que sempre existiu entre elas.



Após a missa, reunimos os familiares para um almoço no grande salão de baixo.
Como o templo realiza muitas missas de domingo, todos tem 1 hora para almoçarem. Foi ótimo, porque realmente encontramos pessoas que moram muito longe, como minha tia que veio lá da Austria!

Saudades imensas...

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